Motivação: Deus criou todas as coisas e as entregou aos nossos
cuidados. Nossa missão é preservar a criação.
Símbolo: Terra, plantas, sementes e frutas.
Objetivo: Mostrar a importância da ecologia e também o cuidado com
a natureza e a criação, obras de Deus.
Catequista: Por ser o Criador da terra, Deus tem sobre ela direito
absoluto: só Ele dispõe dos seus bens (Gn 2,16), estabelece suas leis (Ex
23,10), a faz frutificar (Sl 65), é seu Senhor (Jó 38, 4-7). Como toda criação,
ele deve louvá-lo (Sl 98, 4) com um louvor que toma forma e linguagem nos
lábios de toda criatura (Sl 104). Se Deus modelou o ser humano com o barro do
solo e soprou-lhe nas narinas um sopro de vida tornando-o um ser vivente (Gn
2,7), foi para lhe confiar essa terra e fazê-lo senhor da mesma.
Catequizandos: Tuas mãos me formaram por inteiro. Tu me fizeste do
barro (Jó 10, 8-9), fui tirado do barro (Jó 33,6) e sou como vaso de barro (Pr
26, 23).
Leitor 1: O ser humano deve dominar a terra e submetê-la (Gn 1,28).
Por seu trabalho, ele imprime sua marca à terra. Ela e seus tesouros lhe serão
um permanente lembrete do amor e da fidelidade de Deus.
Catequizados: Herdeiro de Deus num solo em que ele continua
estrangeiro e hóspede (Lv 25, 23), o ser humano deve mostrar-se agradecido,
deve expressar a Deus o seu louvor, sua ação de graças, sua dependência.
Leitor 2: O barro vai querer se comparar com o leiro? E o pote,
será que pode dizer ao seu oleiro: “você não entende nada!”? (Is 29, 16).
Infeliz daquele que sendo apenas um vaso de barro se atreve a discutir com o
seu criador (Is 45,9). O oleiro se assenta para fazer o trabalho, girando a
roda com os pés e dedicando total cuidado à sua obra. Todos os seus gestos são
calculados: com o braço modela a argila e com os pés quebra sua resistência
(Eclo 38, 29-30).
Catequizandos: Nós somos o barro e tu és o nosso oleiro, todos nós
somos obra de tuas mãos (Is 64,7).
Leitor 3: Deus é senhor sobre a terra (Ef 4,10); nada foi feito sem
ele (Jo, 1,3); e todo poder lhe foi dado no céu e na terra (Mt 28,18). Em suas
parábolas, Jesus recorre a certas imagens ligadas à terra: do semeador e da
messe, da vinha e da figueira, do joio e do grão de mostarda, do pastor e das ovelhas,
dos lírios do campo e das espigas arrancadas.
Catequizandos: O reino da terra dá lugar à realidade que ele
anunciava, o Reino dos céus (Mt 5,3).
Leitor 4: Além dessas imagens, Jesus dá um ensinamento sobre a
atitude do ser humano diante das realidades terrestres. O desejo de possuir a
terra torna-se vontade para entrar na posse dos bens espirituais (Mt 5,4). O
Reino é como um tesouro escondido no campo (Mt 13,44), um tesouro que não perde
o seu valor no céu (Lc 12,34), e o ser humano tira coisas boas do seu bom
tesouro (Mt 12,35). É preciso, pois, saber amar a Cristo e ao Evangelho mais do
que aos próprios campos (Mc 10,29).
Catequizandos: Jesus chega a tomar pão e vinho, frutos da terra
para deixar aqui na terra com estes sinais a presença de seu corpo.
Leitor 5: Jesus veio trazer fogo à terra (Lc 12,49). Seus
discípulos são chamados a serem sal da terra (Mt 5,13). Em Jerusálem, para
abraçar a terra inteira, Jesus plantou a sua cruz, sendo elevado da terra,
atraindo todos a Ele (Jo 12,32).
Catequizandos: Seu Evangelho será levado por suas testemunhas até
os confins da terra (At 1,8).
Leitor 6: Em Cristo estão escondidos os tesouros da sabedoria e da
ciência (Cl 2,3). Com os olhos fixos em Cristo elevado ao céu, ele agora
precisa pensar nas coisas lá do alto, não nas da terra (Cl 3,2), não por
desprezo, mas para delas usar com se não usasse (1Cor 7,31).
Catequizandos: A oração litúrgica dá uma voz à terra, a tudo o que
ela contém, ao que ela possibilita produzir pelo trabalho. Com isso, o homem,
de certo modo,, eleva a terra e a faz elevar-se a Deus.
Leitor 7: O povo novo reina na terra (Ap 5,10); enquanto realiza
aqui neste mundo a sua peregrinação, não pode permanecer surdo ao gemido da
criação material que também aguarda a salvação (Rm 8,22). A terra está, com
efeito, associada à história do novo povo.
Catequizandos: Ela própria aguarda a revelação dos filhos de Deus,
com a esperança de ser também libertada da escravidão.
Leitor 8: A terra, em seu estado atual, passará (Mt 24,35), por
isso não ajuntamos tesouros na terra (Mt 6,19), pois onde está o teu tesouro aí
está teu coração (Mt 6,21).
Catequizandos: Isso para ser substituída pela nova terra (Ap 21,1),
que esperamos segundo a promessa de Deus, na qual a justiça habitará (2Pd
3,13).
Leitor 9: Todo esse tesouro é levado em vasos de barro (2Cor 4,7).
Por acaso o vaso de barro diz ao oleiro: por que fui feito assim? Por acaso o
oleiro não é o dono da argila para fazer com a mesma massa dois vasos, um para
uso nobre e outro para uso comum?
Catequizandos: Deus fez assim para mostrar a riqueza de sua glória
para com os vasos de misericórdia (Rm 9,21.23).
Leitor 10: Assim, o Filho único Cristo Jesus (Lc 9,35) une os que o
amam e nele creem, dando-lhes seu Espírito (Rm 5,5), e alimentando-os com um só
pão; seu corpo sacrificado na cruz (1Cor 10,16) faz de todos os povos um só
corpo (Ef 2,14-18), faz dos fiéis seus membros, dotando cada qual de carismas
diversos em vista do bem comum de seu corpo.
Autor: Padre Antonio Francisco Bohn
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