Hoje celebramos a Festa da Transfiguração do Senhor, que nos dá uma antecipação da vinda gloriosa do Cristo, que transfigurará nosso corpo humilhado, confirmando-o ao seu Corpo Glorioso.
Jesus, por um instante, mostra sua glória. Ela nos lembra que é preciso passarmos por muitas tribulações, vivendo conforme seus ensinamentos e praticando suas obras para entrarmos no Reino de Deus.
Esta festa começou ontem com a preparação, e se estende até seu encerramento no dia 13 de agosto.
Desde a tarde do dia 05 e até o dia do encerramento o ícone da Transfiguração fica exposto no centro da igreja para a veneração dos fiéis. Ao centro do ícone temos a figura de Jesus em vestes brancas. Raios se desprendem de sua pessoa e se estendem até as extremidades de um círculo, símbolo da verdade.
Ele está sobre um monte e ao lado dele, em dois picos rochosos, vemos Moisés, simbolizando a Lei, e Elias, simbolizando os profetas, ambos levemente curvados em Sua direção, e com Ele conversam. Jesus veio cumprir a Lei e os profetas. Embaixo os três discípulos que subiram ao monte com Jesus estão tomados de grande espanto. Pedro de joelhos, com uma das mãos se apóia no chão e com a outra aponta para o divino fulgor, o qual olha de esguelha. Tiago e João estão caídos no chão e cobrem os olhos, ofuscados. Simbolizam a fraqueza humana contrastando com a paz de Jesus ao centro. Esta festa é bem antiga no Oriente. Já era mencionada no século IV por Santo Éfrem, o Sírio, e São João Crisóstomo, o padroeiro dos pregadores. No mesmo século se menciona a inauguração de uma basílica no Monte Tabor. Já no Ocidente é festa relativamente recente, tendo sido introduzida pelo Papa Calixto III no ano 1457, precedida por celebrações medievais na Gália e na Espanha.