Que foi um monge do Monte Sinai.
As raízes primitivas da tradição contemplativa são sem dúvida os Evangelhos e a vida de oração de Jesus, que buscava freqüentemente o silêncio e solidão para estar em comunhão com seu Pai. Ele falava do Reino interior e ensinava a rezar ao Pai no silêncio de nosso quarto. São João Clímaco soube silenciar seu coração para ouvir a voz de Deus e nunca deixou de acolher carinhosamente todos os homens e mulheres que o procuravam para receber seus conselhos. Num mundo de tanto barulho e agitação, que tal buscar momentos de silêncio para nossa oração diária?
O nome de São João Clímaco é uma alusão à palavra "klímax', que em grego significa escada. São João decidiu adotar este nome em virtude do livro escrito por ele mesmo, intitulado Escada para o Paraíso.
«A Escada para o Paraíso com seus 30 degraus, uma obra que influenciou a conduta de vários religiosos, tanto no Ocidente quanto no Oriente.» |
Nesta obra ele explica que existem 30 degraus a serem galgados para que possamos atingir a perfeição moral. Este livro foi um grande sucesso na época e chegou até mesmo a influenciar monges e outros religiosos cm sua conduta particular, tanto no Ocidente como no Oriente. A importância desta obra literária para a época pode ser notada na utilização do símbolo escada na arte bizantina.
São João Clímaco foi muito famoso como homem santo em toda a Palestina e Arábia. Viveu por volta do ano 650 e morreu no Monte Sinai.
Conta-se que ele era palestino e na adolescência ingressou cm um mosteiro no Monte Sinai, onde passou a dedicar sua vida às orações e à meditação. Até os 35 anos viveu desta forma, mas quando seu mestre faleceu resolveu encerrar-se cm uma cela e viver à moda dos monges do deserto: jejuando, orando e estudando a Bíblia.
Durante este novo período de sua vida São João Clímaco decidiu nunca mais comer carne, fosse ela vermelha ou branca. Também passou a sair de sua cela apenas para participar da Eucaristia, aos domingos.
Já com 70 anos foi eleito bispo do Monte Sinai, muito embora preferisse continuar com sua vida isolada. Nesta época construiu hospitais para a população mais pobre, ajudado pelo papa Gregório Magno.
Os últimos quatro anos de sua vida foram dedicados a viver como ermitão. Neste período de total isolamento ele escreveu Escada para o Paraíso.
FONTE:
Revista Santo do Dia. São Paulo: Ed. Casa Dois, 2001.
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