terça-feira, 6 de agosto de 2013

Casais em Segunda União...

Povo de Deus!
Vim compartilhar minhas Esperanças na Misericórdia de Jesus!
Os que já me acompanham aqui no blog ou me conhecem, sabem que a dor que carrego em meu coração é estar impedida de receber Jesus Sacramentado na Eucaristia por ser "Casal de Segunda União".
Você sabe o que é isso? 
Casal de segunda união é aquele que casal cujo ambos, ou uma das duas pessoas, foi casado na Igreja Católica, separou-se e casou-se uma segunda vez, só no civil, pois a Igreja não pode fazer um segundo casamento, a menos que o primeiro casamento tenha sido declarado nulo pelo Tribunal Eclesiástico.  Por isso ficamos impedidos pois aos olhos da Igreja de receber os sacramentos da Reconciliação e Comunhão.

Mas confiemos na Misericórdia de Jesus e façamos uma corrente de orações pois o Papa Francisco reacendeu a chama de nossas esperanças de voltar a poder comungar... Vejam o que ele falou:

Jornalista do Corriere della Sera, Gian Guido Vecchi:
Santo Padre, também nesta viagem falou várias vezes de misericórdia. A propósito do acesso aos sacramentos para os divorciados que voltaram a casar, há possibilidades que algo mude na disciplina da Igreja? Que esses sacramentos sejam uma ocasião para aproximar essas pessoas, em vez de uma barreira que os separa dos outros fiéis?

Papa Francisco:
Este é um tema que sempre pedem. A misericórdia é maior do que aquele caso que o senhor põe. Eu creio que este seja o tempo da misericórdia. Esta mudança de época e também os muitos problemas da Igreja – como um testemunho não bom de alguns padres, problemas mesmo de corrupção na Igreja, também o problema do clericalismo, só para exemplificar – deixaram muitos feridos, muitos feridos. E a Igreja é Mãe: deve ir curar os feridos, com misericórdia. Mas, se o Senhor não se cansa de perdoar, nós não temos outra escolha além desta: em primeiro lugar, curar os feridos. É mãe, a Igreja, e deve seguir por esse caminho de misericórdia. E encontrar uma misericórdia para todos. Mas eu acho que, quando o filho pródigo voltou para casa, o pai não lhe disse: «Mas ouça, ponha-se cômodo: o que você fez com o dinheiro?» Não! Ele fez festa! Talvez depois, quando o filho quis falar, ele falou. A Igreja deve fazer assim. Quando há pessoas... não se limitar a esperar por elas, mas sair ao seu encontro! Esta é a misericórdia. E eu penso que este seja um kairós: este tempo é um kairós de misericórdia. Mas o primeiro que teve esta intuição foi João Paulo II: quando ele começou com Faustina Kowalska, com a Divina Misericórdia... tinha algo em mente, ele intuíra que era uma necessidade deste tempo. Relativamente ao problema da Comunhão para as pessoas em segunda união – já que os divorciados podem ir à Comunhão, não há problema – mas, quando eles vivem em segunda união, não podem. Eu acho que é necessário estudar isso na totalidade da pastoral do matrimônio. E por isso é um problema. Mas os próprios ortodoxos – e aqui abro um parêntese – têm uma prática diferente. Eles seguem a teologia da economia, como eles dizem, e dão uma segunda possibilidade, permitem-no. Mas eu acho que este problema – e fecho o parêntese – deve ser estudado no quadro da pastoral do matrimônio. E, para isso, temos duas coisas: primeira, um dos temas a consultar a estes oito cardeais do Conselho dos Cardeais, com quem nos reuniremos nos dias 1, 2 e 3 de outubro, é como avançar na pastoral do matrimônio, e este problema será lançado lá. E uma segunda coisa: esteve comigo, quinze dias atrás, o secretário do Sínodo dos Bispos, para ver o tema do próximo Sínodo. O tema seria antropológico, mas olhando-o de um lado e de outro, indo e vindo, encontramos este tema antropológico: a fé como ajuda no planejamento da pessoa, mas na família para se debruçar depois sobre a pastoral do matrimônio. Estamos a caminho de uma pastoral do matrimônio um pouco mais profunda. E este é um problema de todos, porque há muitos, não? Por exemplo – digo apenas um – o cardeal Quarracino, meu predecessor, dizia que para ele metade dos matrimônios são nulos. Mas dizia isso, porquê? Porque casam-se sem maturidade, casam-se sem notarem que é para toda a vida, ou casam-se porque socialmente se devem casar. E com isso tem a ver a própria pastoral do matrimônio. E também o problema judicial da nulidade dos matrimônios: isso deve ser revisto, porque os Tribunais eclesiásticos não são suficientes para isso. É complexo o problema da pastoral do matrimônio. Obrigado!
 
VISITA APOSTÓLICA DO PAPA FRANCISCO AO BRASIL
POR OCASIÃO DA XXVIII JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE
ENCONTRO DO SANTO PADRE COM OS JORNALISTAS
DURANTE O VÔO DE REGRESSO
Domingo, 28 de Julho de 2013

6 comentários:

  1. Que o Divino Espírito Santo inspire a resolução que contemple tantos casais angustiados.

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  2. Por viver nessa situação, também rogo ao Divino Espírito Santo que venha em nosso auxilio.

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  3. Caríssimas irmãs e irmãos em Cristo, acabei escrevendo um artigo sobre esse assunto tendo inclusive usado esta postagem como ponto de partida (sem citar este blog). Espero não ser ofensivo pois essa DEFINITIVAMENTE NÃO é minha intenção. Imagino o quão difícil e dolorosa deve ser essa situação. Rogo a Nosso Senhor Jesus Cristo e à Santíssima Virgem que os ampare e dê forças para fazer a escolha certa.

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    1. Caro José, obrigada por sua visita e suas palavras aqui no blog. Realmente estou contente pelo Santo Padre estar retomando este assunto que foi levantado pelo Bem aventurado Papa João Paulo II em 1981 pois como ele mesmo disse: "Há, na realidade, diferença entre aqueles que sinceramente se esforçaram por salvar o primeiro matrimónio e foram injustamente abandonados e aqueles que por sua grave culpa destruíram um matrimónio canonicamente válido."

      É óbvio que ninguém deseja enfraquecer a fé de todos no Sacramento do Matrimônio que é uma bênção de Deus. Isso é indiscutível.

      Mas quem sabe haverá uma maneira mais simples de se comprovar as nulidades de muitos casamentos. Pois hoje em dia é praticamente quase impossível.

      Que o Espírito Santo conduza tudo e todos!

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  4. Olá Claudia, me chamo Fabiana e também sou catequista, e era de segunda união, graças ao Tribunal Eclesiástico que abriu aqui na minha cidade, pude dar entrada no processo de nulidade do meu matrimonio, e para a honra e glória de Deus, foi constatado que não houve matrimonio e pude me casar com o meu companheiro que já vivia a 8 anos, e levou apenas 4 meses. Você já foi procurar este recurso?
    Abraços

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    1. Olá Fabi, fiquei feliz com seu comentário! Eu nunca fui procurar não... mas me senti motivada a isso após ler seu testemunho. Obrigada pela partilha!

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Obrigada pelo contato, responderei o mais breve possível!