Bom dia Povo de Deus!
Hoje nós e o Céu comemoramos o dia de Santo Agostinho. Gosto de mais de ler e contar a sua história... através dela podemos ver que a misericórdia de Deus pode nos alcançar... Agostinho não nasceu santo... pelo contrário... andou muito tempo afastado de Deus, mas quando aconteceu a sua conversão... que coisa maravilhosa!
É o pensador que,
através da sua vasta produção literária, marcou mais profundamente a especulação
cristã. Sua profunda cultura humanista tornou-se sensível aos grandes temas que
preocupavam e preocupam o ser humano: o bem e o mal, a liberdade, o destino
humano, a história e sobretudo o dilema entre fé e razão.
Várias de suas obras
figuram no rol das mais importantes da Literatura Universal, como os
Solilóquios, As Confissões e a Cidade de Deus. Esta última, em particular,
influenciou decisivamente os rumos políticos e as práticas sociais da
cristandade medieval.
Nasceu Santo Agostinho no ano de 354
d.c. numa região chamada Numídia. Sua trajetória intelectual, antes de chegar ao
cristianismo, passa por períodos de apego à vida mundana, ao materialismo, ao
maniqueísmo e termina no platonismo largamente influenciado pelo ceticismo da
nova academia. Manifesta sua preferência pelo platonismo, considerando-o a mais
pura e luminosa filosofia da Antigüidade.
Santo Agostinho inaugura de certa
maneira “A era da incerteza dogmática”. O problema das relações entre a razão e
a fé que seria o problema fundamental da escolástica medieval, atormentava a
mente de Santo Agostinho.
Estudava desesperadamente matemática, filosofia,
mecânica (a física na época era rudimentar), teologia, com o propósito de
explicar a existência de Deus através da razão humana.
Observava a natureza e
acreditava que o homem através de sua inteligência iria finalmente explicar o
porquê de Deus e colocar os parâmetros da fé em bases científicas. Observe o
leitor que essa busca frenética continuou acontecendo e é motivo de desconforto
para a ciência, sobretudo nos dias de hoje.
Santo Agostinho não descansava,
passava horas a estudar e a meditar, tentando entender o que significava
onipresença, onisciência, infinito, Santíssima Trindade, consubstanciação,
espírito e corpo, diversidade espiritual, atemporalidade. Várias vezes foi visto
vagando sozinho na noite, angustiado, tentando descobrir a resposta científica
para a fé.
Como se libertar da dúvida cética?
Certo dia, Santo Agostinho, após longo
período de trabalho e muito compenetrado na sua angústia, adormeceu no claustro.
Teve um sonho revelador: caminhava sobre uma praia deserta, a contemplar o mar e
o céu. De repente, avistou um menino que com um balde de madeira ia até a água
do mar, enchia o balde e voltava, onde despejava a água num pequenino buraco na
areia. Santo Agostinho, perplexo e curioso perguntou ao menino: - O que você
está fazendo? O menino calmamente olhou para Santo Agostinho e respondeu: - Vou
colocar toda água do mar nesse buraco! Santo Agostinho sorriu e retrucou: - Isso
é impossível garoto. Observe quanta água existe no oceano e você quer colocá-la
toda nesse diminuto buraco! Mais uma vez o menino olhou para Santo Agostinho e
de forma ríspida e corajosa disse: - Em verdade vos digo. É mais fácil colocar
toda água do oceano nesse pequeno buraco do que a inteligência humana
compreender os mistérios de Deus!! E num átimo Santo Agostinho acordou assustado
e desorientado. Tivera uma mensagem divina que acalmaria sua alma
conturbada.
Que essa história sirva também aos
nossos dias. O homem precisa rever posições, precisa abandonar seu humanismo
cético em favor do dogma teológico. Não pode haver ciência sem base teológica.
Aqueles que duvidam disso, lembrem-se do menino.
Paz de Cristo!
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